“Reconheço e valorizo que ele nunca se negou a prestar ajuda e dar um conselho, apesar das diferenças públicas que tivemos no passado”, disse Boric na antiga sede do Congresso em Santiago, diante de todo seu gabinete e dirigentes de todo o leque político.

“Durante seu governo, as disputas e recriminações às vezes iam além do que era justo e razoável”, admitiu o presidente de 37 anos, que decretou três dias de funerais de Estado ao saber da morte de Piñera.

“Espero que esta homenagem sirva para que ressurja a unidade e a amizade cívica neste país”, disse Magdalena Piñera, em referência divisão social e política que marcou o último governo de seu pai, após os protestos de outubro de 2019.

“Hoje são 33 bandeiras e não 33 cruzes. Hoje, na Mina San José, essas 33 bandeiras estarão hasteadas ao lado de outra bandeira, que será a do nosso presidente, nosso salvador”, disse Luis Urzúa, um dos 33 mineiros, dirigindo-se a uma missa repleta de políticos e da família de Piñera.

Com alguns de seus netos aos prantos, o caixão do ex-mandatário foi trasladado com honras militares até a catedral, antes de receber uma homenagem no Palácio Presidencial de La Moneda e ser enterrado no cemitério Parque del Recuerdo em Santiago em uma cerimônia privada.

Líderes de direita criticaram a “Oposição dura e injusta” de Boric e membros do seu governo encarnaram quando lideraram a oposição a Piñera, que terminou seu mandato em março de 2022 com o pior nível de aprovação na história democrática do Chile.

De acordo com o Ministério Público, Piñera morreu na terça-feira de “Asfixia por submersão” no Lago Ranco, onde seu helicóptero caiu a cerca de 920 km ao sul de Santiago.

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Originalmente Publicado: 9 de Fevereiro de 2024 às 18:27

Fonte: www1.folha.uol.com.br