A transcrição do vídeo foi citada na decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, que fundamenta a operação da PF desta quinta-feira, que investiga uma organização criminosa envolvida na “Tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito”.

No encontro, Bolsonaro diz: “Hoje me reuni com o pessoal do WhatsApp, e outras também mídias do Brasil. Conversei com eles. Tem acordo ou não tem com o TSE? Se tem acordo, que acordo esse que tá passando por cima da constituição? Eu vou entrar em campo usando o meu exército, meus 23 ministros”.

Ainda segundo a transcrição que consta no despacho de Moraes, o ex-presidente teria dito que já havia falado com os 23 ministros do seu governo que não poderiam esperar chegar em 2023, ano que marcaria o primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e lamentar pelo cenário.

VEJA TAMBÉM. “E eu tenho falado com os meus 23 ministros. Nós não podemos esperar chegar 2023, olhar para trás e falar: o que que nós não fizemos para o Brasil chegar situação de hoje em dia? Nós temos que nos expor. Cada um de nós. Não podemos esperar que outros façam por nós. Não podemos nos omitir. Nos calar. Nos esconder. Nos acomodar”, disse.

E Bolsonaro teria emendado: “Eu não posso fazer nada sem vocês. E vocês também patinam sem o Executivo. Os poderes são independentes, mas nós dois somos irmãos. Temos um primo do outro lado da rua que tem que ser respeitado também. Mas todo mundo que quer ser respeitado tem que respeitar em primeiro lugar. E nós não abrimos mão disso”.

A PF também aponta que o segundo eixo de atuação consistiu na prática de atos para “Subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, por meio de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível”.

Cleverson Ney Magalhães, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestre; Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira, general e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército; Guilherme Marques Almeida, tenente-coronel e comandante do 1º Batalhão de Operações Psicológicas do Exército; Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército; Mario Fernandes, homem de confiança de Bolsonaro e comandante que ocupou cargos na Secretaria-Geral; Ronald Ferreira de Araújo Júnior, oficial do Exército; Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros, major do Exército.

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Originalmente Publicado: 8 de Fevereiro de 2024 às 16:42

Fonte: www.otempo.com.br