Em reunião ministerial com o ex-presidente Jair Bolsonaro em 5 de julho de 2022, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres disse que a PF havia criado um grupo de trabalho para questionar lisura do processo eleitoral de 2022.
“Nós montamos um grupo na Polícia Federal com uma equipe completa, com delegados, peritos e agentes, para acompanhar, realmente, o passo a passo das eleições, para fazer os questionamentos necessários que têm de ser feito, e não só as observações. A gente vai atuar de forma incisiva”, afirmou Torres, segundo as imagens obtidas pela PF. A gravação da reunião foi encontrada em um computador apreendido pela corporação com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.
No relatório da PF, a investigação indica que o então ministro da Justiça estava “Ressaltando a necessidade dos presentes em propagar as informações falsas quanto a fraudes e vulnerabilidades no sistema eletrônico de votação”.
Em um dos trechos, Torres afirmou aos ministros que todos iriam “Se foder” caso não houvesse empenho aos questionamentos lisura das eleições.
Depois, na reunião, Torres disse que “o outro lado joga muito pesado”, em referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A investigação afirma que o vídeo seria uma prova da organização de um golpe para manter Bolsonaro na Presidência.
Na decisão, o magistrado menciona uma suposta minuta que previa a prisão dele, do ministro Gilmar Mendes e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
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Originalmente Publicado: 10 de Fevereiro de 2024 às 12:33
Fonte: www.poder360.com.br