Nos 30 segundos de imagens, possível ver que o policial guarda o rádio de comunicação, pega o fuzil e vai em direção a Jefferson de Araújo Costa, que fazia um protesto beira da Avenida Brasil.

O policial sai andando, sem manifestar arrependimento ou dar sinais de que ache que tenha cometido um erro.

O episódio investigado pela Corregedoria-Geral da PM e pela Delegacia de Polícia Judiciária Militar, que autuou o cabo por homicídio culposo e omissão de socorro.

Na audiência de custória desta sexta, no entanto, o juiz Diego Fernandes Silva Santos manteve a prisão do PM e concordou com a argumentação do Ministério Público de que há elementos para uma tipificação mais grave, como homicídio qualificado.

Em depoimento, o policial alega que Jefferson tinha uma pedra na mão, o que a família da vítima nega.

“Tacaram spray de pimenta no olho dele. Ele foi colocar a mão no olho, quando ele foi colocar a mão no olho, o policial já atirou na barriga dele para matar de fuzil. Aí quando eles terminaram de matar o meu irmão, eles ainda começaram a rir da nossa cara e não ajudaram”, disse Kaylane de Araújo Costa, irmã de Jefferson.

“Nenhum policial sai de casa de manhã cedo para trabalhar com a intenção de matar ninguém. Esse o primeiro ponto. Não existe esse pensamento, não isso que acontece na Polícia Militar do Rio de Janeiro. O fato está sendo apurado. Ele foi indiciado por homicídio culposo”, disse o coronel.

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Originalmente Publicado: 9 de Fevereiro de 2024 às 20:19

Fonte: g1.globo.com