“Vamos fazer isso ao garantir a passagem segura da população civil, para que possam sair”, disse Netanyahu, segundo trechos da entrevista divulgados pela ABC. Mas não está claro para onde poderiam ir tantas pessoas que estão amontoadas em barracas improvisadas na cidade que faz fronteira com o Egito.
Netanyahu afirmou que as autoridades israelenses estão “Trabalhando em um plano detalhado” para realocar os civis.
“Disseram que Rafah era segura, mas não é. Todos os lugares estão sendo atacados”, disse o palestino Mohamed Saydam depois de um ataque israelense que destruiu um veículo policial no sábado em Rafah.
Na ligação, Biden pediu ao premiê israelense que uma operação militar em Rafah não aconteça a menos que um plano “Crível e realizável” garanta a segurança da população, segundo comunicado da Casa Branca.
Netanyahu, que afirmou que a “Vitória” sobre o Hamas só pode ser alcançada com a entrada de tropas em Rafah, ordenou na sexta que suas forças se preparassem para a operação.
Neste domingo, ele disse, na mesma entrevista para a rede ABC, que há “Um número suficiente” dos 132 reféns israelenses restantes detidos em Gaza vivos para justificar a guerra em curso na região, sem especificar quantos.
Já o Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita alertou no sábado para as “Repercussões muito sérias de um ataque em Rafah” e pediu uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU. Por sua vez, o chefe da diplomacia britânica, David Cameron, expressou estar “Profundamente preocupado” com a ofensiva e afirmou que “a prioridade deve ser uma pausa imediata nos combates, além do envio de ajuda e retirada dos reféns”.
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Originalmente Publicado: 11 de Fevereiro de 2024 às 13:01
Fonte: www1.folha.uol.com.br