“Foi uma surpresa receber esse convite para representar o João Cândido. Eu nunca desfilei em escola nenhuma. A Tuiuti me apresentou esse projeto, me contou a história de João Cândido e, sem pensar muito, eu aceitei. Acho que o enredo tem tudo a ver com o que aconteceu”, disse Max Angelo.

“A situação não muda muito nos dias de hoje. O que a gente mais vê trabalho escravo, injúria racial. Eu acho que esse enredo vem para passar uma mensagem para a sociedade. Me sinto super honrado de representar João Cândido na avenida. Fico muito feliz”, completou.

No fim do desfile, no Estúdio Globleza, Max pediu a mulher em casamento.

João Cândido Felisberto foi o líder da Revolta da Chibata, em 1910.

Um motim de marinheiros que não aceitavam mais receber chibatadas de oficiais brancos da Marinha do Brasil como punição.

“Não um simples papel que vou representar. Ele foi um herói que ainda não foi reconhecido pela Marinha, mas ainda acho que vai ser reconhecido como um herói nacional. A gente vai usar o carnaval para passar uma mensagem. A gente sabe que o Brasil uma mistura de raças e culturas. A gente não pode permitir que esse tipo de coisa fique acontecendo. A gente tem que fazer de tudo para a situação melhorar”.

“Eu tento seguir a vida, trabalhando e fazendo minhas coisas. De vez em quando, me pego pensando. Vem aquele filme na cabeça. Para mim, parece que foi ontem. Não uma coisa que você esquece. Ali, se tratou de um chicote, apesar de ser uma coleira de cachorro”, relembra Max Angelo.

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Originalmente Publicado: 13 de Fevereiro de 2024 às 01:41

Fonte: g1.globo.com