Agentes da PF identificaram que o ministro tinha sua agenda, o deslocamento aéreo e a localização monitorados por um “núcleo de inteligência paralela” integrado pelo entorno de Bolsonaro.

A troca de conversas da reunião, divulgada na sexta-feira após o vídeo encontrado no computador de Mauro Cid, “Nitidamente revela o arranjo de dinâmica golpista” na “Alta cúpula do governo” do ex-presidente, segundo a PF. O material também mostra Bolsonaro dizendo a todos os seus ministros que era necessário agir antes das eleições para que o Brasil não virasse “Uma grande guerrilha”.

A PF apontou que o segundo eixo de atuação consistiu na prática de atos para “Subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, por meio de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível”.

Filipe Martins e outros ex-assessores de Bolsonaro são presos pela PF. Quatro ex-assessores de Jair Bolsonaro foram alvos de mandados de prisão na operação desencadeada pela PF. Um deles foi Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, e o coronel Marcelo Câmara, que trabalhou no governo passado e foi ajudante de ordens de Bolsonaro, na cota prevista para ex-presidentes.

Cleverson Ney Magalhães, coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestre; Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira, general e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército; Guilherme Marques Almeida, tenente-coronel e comandante do 1º Batalhão de Operações Psicológicas do Exército; Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército; Mario Fernandes, homem de confiança de Bolsonaro e comandante que ocupou cargos na Secretaria-Geral; Ronald Ferreira de Araújo Júnior, oficial do Exército; Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros, major do Exército.

Eixos de atuação A PF aponta que a investigação está relacionada com a atuação de organização criminosa com cinco eixos de atuação: Ataques virtuais a opositores; Ataques às instituições, ao sistema eletrônico de votação e higidez do processo eleitoral; Tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Ataques às vacinas contra a Covid-19 e às medidas sanitárias na pandemia e; Uso da estrutura do Estado para obtenção de vantagens, o qual se subdivide em: uso de suprimentos de fundos para pagamento de despesas pessoais; inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde para falsificação de cartões de vacina ; e desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro ou agentes públicos a seu serviço, e posterior ocultação com o fim de enriquecimento ilícito.

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Originalmente Publicado: 13 de Fevereiro de 2024 às 11:49

Fonte: www.otempo.com.br