Na ocasião, com base no depoimento dos policiais que participaram da ação, José Marcelo teria desacatado uma ordem de parada, largado a bicicleta em que estava e atirado duas vezes contra os PMs, que revidaram e o acertaram com dois disparos.

“Sei que uma das tatuagens que arrancadas era o desenho de um palhaço. Para eles, tatuagem de palhaço matador de policial, mas meu irmão nunca matou ninguém”, disse.

De acordo com ela, os familiares vão procurar a Ouvidoria da Polícia Militar para reivindicar por investigação, pois basta ver os ferimentos no corpo de José para comprovar que não batem com os depoimentos prestados pelos policiais da Rota, que foram registrados em BO. “Houve muito mais. [Teve] tortura. O tiro na boca do meu irmão foi super perto. Não tem como um tiro de longe fazer tanto estrago como fez”, contou.

Ao g1, Mayara contou que a família não foi informada sobre a morte de José Marcelo e estava procurando o homem como desaparecido, pois ele não tinha voltado desde que saiu para comprar gasolina com o RG no bolso.

“A gente saiu para procurar e viu a Rota passando pela casa do pessoal. Minha cunhada foi até a Rota, perguntou, mostrou a foto dele e falou que estava desaparecido. Eles falaram que não sabiam de nada, que não tinha nenhuma informação”, disse a irmã.

O corpo de José Marcelo foi localizado já no Instituto Médico Legal e reconhecido pela esposa dele, que viu as marcas de agressão e as tatuagens arrancadas.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo disse que todos os casos são investigados pela 3ª Delegacia de Homicídios da Deic de Santos, com o acompanhamento do Ministério Público e do Poder Judiciário.

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Originalmente Publicado: 14 de Fevereiro de 2024 às 06:14

Fonte: g1.globo.com