Tradicionalmente, a data que marca o fim da folia e o início de um tempo de recolhimento - como se fosse necessária uma fronteira entre a festa da carne e o período de penitência chamado de quaresma.

“As cinzas carregam duas simbologias. A primeira a ideia da efemeridade da vida, do fato de que quando Deus disse de que das cinzas viemos e às cinzas voltaremos, era para lembrar que o ser humano pequeno diante da grandeza de Deus”, contextualiza Domingues.

“Ou seja, as cinzas são o convite que a Igreja faz para refletirmos sobre a brevidade e a relatividade de nossa vida aqui na Terra, dizendo o que realmente somos: humanos que vamos morrer”, pontua o padre.

“Somos chamamos a entrar nesse tempo da quaresma dedicando mais tempo para a palavra da Deus e para abrir o coração e perceber a presença do Cristo no meio de nós: o Cristo que passa fome, que torturado, que injustiçado, que tem necessidade de roupa, de casa, de comida.”

Segundo a tradição católica, as cinzas utilizadas nessa missa de Quarta-Feira que marca o início da quaresma são obtidas a partir da queima de um produto de outra missa, realizada no ano anterior.

Padre Lima conta que funciona assim: “Uma quantidade razoável daqueles ramos bentos no Domingo de Ramos guardada, conservada e queimada para se transformar nas cinzas que, depois, são abençoadas na missa e, no momento certo do ritual da Quarta de Cinzas, todos os fiéis são convidados a se apresentarem para serem assinalados com elas”.

“As igrejas do protestantismo histórico, algumas são mais litúrgicas, outras menos. Todas reconhecem o período da Páscoa e, portanto, o período que a antecede, esses 40 dias da quaresma. Mas varia de intensidade. Numa igreja litúrgica, às vezes o pastor cita que iniciamos o período da quaresma, algumas igrejas usam cores específicas”, conta.

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Originalmente Publicado: 14 de Fevereiro de 2024 às 10:31

Fonte: g1.globo.com