O Palácio do Planalto decidiu dispensar um diplomata que estava trabalhando na Secretaria de Comunicação Social após descobrir que ele participou da reunião em que o ex-presidente Jair Bolsonaro e vários ministros discutiram o planejamento de um golpe de Estado, segundo a Polícia Federal.

O diplomata dispensado Comarci Nunes Filho, que vinha atuando na Secom desde dezembro de 2023.

Também participaram do encontro o então secretário-geral do Itamaraty, Fernando Simas Magalhães, que estava representando o chanceler Carlos França, e o embaixador André Chermont de Lima, época chefe do cerimonial da presidência.

Procurada, a Secom enviou o seguinte comunicado: “Comarci Nunes Filho do quadro do Itamaraty e foi convidado a integrar a equipe da Secom que trabalha no G20, mas isso ainda não tinha sido efetivado. Diante das novas informações ele não irá para essa equipe.”

Logo após a reportagem procurar a Secom, Comarci foi removido de um grupo de aplicativo de mensagens com os assessores do governo no G20. A Globonews apurou que o ministro da Comunicação Social, Paulo Pimenta, e o secretário de Audiovisual, Ricardo Stuckert, não foram avisados por Comarci sobre a participação dele na reunião investigada.

Comarci chegou a cumprir expediente no Palácio do Planalto e no prédio do Serviço Federal de Processamento de Dados no Rio de Janeiro, que vem sendo utilizado pela equipe do G20. Em 7 de fevereiro, véspera da Operação “Hora da Verdade” da Polícia Federal, Comarci participou de uma reunião com todos os assessores de comunicação envolvidos nos eventos do G20 e chegou a fazer uma fala.

Por essa razão, ele ocupava uma das cadeiras na reunião de 5 de julho de 2022, ao lado de Fernando Simas Magalhães, que atualmente embaixador do Brasil em Haia.

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Originalmente Publicado: 16 de Fevereiro de 2024 às 05:01

Fonte: g1.globo.com