Uma semana após a operação da Polícia Federal que prendeu militares e teve como alvo generais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro suspeitos de planejar um golpe de Estado, os Clubes Militares da Marinha, Exército e Aeronáutica publicaram nota conjunta afirmando que há uma “Apreensão” com a “Exposição de distintos chefes” das Forças Armadas.
“Em um momento em que nossa sociedade enfrenta perigosa polarização, surge a preocupação com antagonismos entre diferentes setores. Observamos, com apreensão, a exposição de distintos chefes militares, associados a atos que supostamente atentaram o Estado Democrático de Direito - algo que, cumpre registrar, consideradas as suas trajetórias de vida, avaliamos ser pouco sustentável”, diz a nota do Clube Militar.
O clube declarou que não irá promover “o dissenso no seio das Forças Armadas” e que o desejo de uma ação radical um “Objetivo permanente daqueles que não comungam de nossos ideais, valores e amor pátria”.
A nota foi assinada pelo general Sérgio Carneiro, presidente do Clube Militar do Exército, o almirante João Prado Maia, chefe do Clube Naval, e pelo major brigadeiro Marco Antonio Carballo Perez, que comanda o Clube de Aeronáutica.
Operação prendeu coronéis e tornou alvo generais do Exército A Tempus Veritatis foi deflagrada após ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e busca investigar a ação de uma organização criminosa, supostamente formada por Bolsonaro, ex-ministros e militares de alta patente que atuavam em uma tentativa de golpe de Estado.
A decisão de Moraes mostrou que os alvos da operação estavam planejando a execução de um golpe de Estado em uma organização formada por, pelo menos, seis diferentes tipos de atuação.
Correa Neto investigado por ter sido o intermediador de uma reunião militar que planejou o golpe após as eleições de 2022.
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Originalmente Publicado: 17 de Fevereiro de 2024 às 16:59