O segundo maior hospital da Faixa de Gaza “não mais funcional”, disse o diretor da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, neste domingo.

O Hospital Nasser, que fica em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, foi invadido pelas Forças de Defesa de Israel na última quinta-feira para a retirada de suspeitos de terrorismo.

“O hospital Nasser em Gaza não funciona mais, depois de um cerco de uma semana seguido de um ataque contínuo. Tanto ontem como anteontem, a equipe da OMS não foi autorizada a entrar no hospital para avaliar as condições dos pacientes e as necessidades médicas críticas, apesar de chegar ao complexo hospitalar para entregar combustível junto com parceiros”, disse o diretor da OMS em publicação no X. No entanto, a operação militar interrompeu o fornecimento de oxigênio e combustível no hospital.

As forças israelenses disseram, ainda, que agiu de acordo com o direito internacional “e contra a organização terrorista Hamas, que opera a partir de hospitais e infraestruturas civis num padrão de operação sistemático e cínico, sem distinguir entre a população civil e os terroristas da organização”.

Em 7 de fevereiro, após Israel rejeitar uma proposta de cessar-fogo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu afirmou que o próximo foco do Exército será Rafah, região que abriga mais de 1 milhão de palestinos desalojados desde o começo da guerra.

Dois dias depois, em 9 de fevereiro, Netanyahu ordenou que o exército israelense prepare um plano de retirada da população civil da cidade de Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza.

Rafah, que fica na fronteira entre Gaza e o Egito, considerada o último refúgio de cerca de 1,5 milhão de pessoas - quase toda a população da Faixa de Gaza - que desde o início da guerra entre Israel e o Hamas deixaram o norte, o centro e outras cidades do sul do território palestino por conta de bombardeios e ações por terra do Exército de Israel.

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Originalmente Publicado: 18 de Fevereiro de 2024 às 08:57

Fonte: g1.globo.com