O presidente Lula participou neste sábado da cúpula da União Africana em Adis Abeba, na Etiópia.
Em seguida, Lula participou da cúpula da União Africana.
“Ser humanista hoje implica condenar os ataques perpetrados pelo Hamas contra civis israelenses, e demandar a liberação imediata de todos os reféns. Ser humanista impõe igualmente o rechaço resposta desproporcional de Israel, que vitimou quase 30 mil palestinos em Gaza - em sua ampla maioria mulheres e crianças - e provocou o deslocamento forçado de mais de 80% da população. A solução para essa crise só será duradoura se avançarmos rapidamente na criação de um Estado palestino”, disse o presidente do Brasil.
Lula também reforçou as oportunidades de cooperação entre os países do continente e o Brasil e disse que, durante a presidência brasileira do G-20, os três eixos centrais do grupo são a inclusão social com combate fome e pobreza; o desenvolvimento sustentável e transição energética; e a reforma da governança global.
A União Africana, que formada por 55 países, passou a integrar o G20 com o apoio do Brasil, conseguindo o mesmo status da União Europeia.
“O sul global está se constituindo em parte incontornável da solução para as principais crises que afligem o planeta. Crises que decorrem de um modelo concentrador de riquezas e que atingem, sobretudo, os mais pobres. E, entre estes, os imigrantes. A alternativa às mazelas da globalização neoliberal não virá da extrema direita racista e xenófoba”, afirmou.
No fim do discurso, na plenária da sede da União Africana, Lula reforçou esse compromisso, afirmando que o Brasil tem uma dívida histórica com a África e foi aplaudido de pé. “Tudo, muito ou pouco, que o Brasil tem, eu quero compartilhar com os países africanos porque nós temos uma dívida histórica de 300 anos de escravidão e a única forma de pagar com solidariedade e com muito amor. Um abraço e muito obrigado”, destacou Lula em seu discurso.
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Originalmente Publicado: 17 de Fevereiro de 2024 às 21:46
Fonte: g1.globo.com