O governo de Israel decidiu convocar o embaixador brasileiro no país para o que chamou de “Uma dura conversa de repreensão” depois que o presidente Lula comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus na Segunda Guerra Mundial por Adolf Hitler.
Lula disse que o que acontece na Faixa de Gaza não uma guerra, mas um genocídio.
Quando eu vejo o mundo rico anunciar que está parando de dar a contribuição para a questão humanitária aos palestinos, eu fico imaginando qual o tamanho da consciência política dessa gente e qual o tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio”, disse Lula.
“Sabe o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus. Então como possível que a gente possa colocar um tema tão pequeno, sabe? Você deixar de ter ajuda humanitária? O Brasil condenou o Hamas, mas o Brasil não pode deixar de condenar o que o Exército de Israel está fazendo na Faixa de Gaza”, afirmou.
“Trata-se de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel de se defender. Comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler cruzar uma linha vermelha. Israel luta pela sua defesa e pela garantia do seu futuro até vitória completa e irá fazê-lo ao mesmo tempo que defende o direito internacional. Decidi com o chanceler Israel Katz convocar imediatamente o embaixador brasileiro em Israel para uma dura conversa de repreensão”, escreveu.
O ministro de Relações Exteriores de Israel disse que vai convocar na segunda-feira o embaixador do Brasil.
No início da noite deste domingo, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República divulgou uma nota em que não explica a comparação feita por Lula com o Holocausto, mas afirma que “o presidente Lula condenou desde o dia 7 de outubro os atos terroristas do Hamas; o fez diversas vezes; e se opõe a uma reação desproporcional e ao sofrimento de mulheres e crianças na Faixa de Gaza”.
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Originalmente Publicado: 18 de Fevereiro de 2024 às 22:36
Fonte: g1.globo.com