“Sabe o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus. Então, como possível que a gente possa colocar um tema tão pequeno… Você deixar de ter ajuda humanitária? O Brasil condenou o Hamas, mas o Brasil não pode deixar de condenar o que o Exército de Israel está fazendo na Faixa de Gaza”, afirmou.

“Trata-se de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel de se defender. Comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler cruzar uma linha vermelha. Israel luta pela sua defesa e pela garantia do seu futuro até vitória completa e irá fazê-lo ao mesmo tempo que defende o direito internacional. Decidi, com o chanceler Israel Katz, convocar imediatamente o embaixador brasileiro em Israel para uma dura conversa de repreensão”, escreveu.

Fala que comparou a morte de palestinos ao Holocausto foi repudiada pelo governo de Israel - Foto: Ricardo Stuckert/PR. A decisão de Lula de convocar o embaixador em Israel de volta ao Brasil foi anunciada depois de uma reunião de emergência no Palácio da Alvorada.

“Em relação colocação do presidente Lula, eu acho que clara a sua posição. De um lado, deixou claro que a ação do Hamas foi uma ação terrorista. Isso eu ouvi dele em vários pronunciamentos. E, de outro lado, que nós precisamos de paz. Aliás, o Brasil um país que não tem litígio com ninguém, e promotor da paz. O que se quer que se busque, se acelere, aí a tarefa da ONU, dos organismos multilaterais, de todos poderem ajudar para se buscar um entendimento que poupe vidas de crianças, de pessoas, enfim, que têm mais dificuldade”, declarou.

“Diante da gravidade das declarações desta manhã do governo de Israel, o ministro Mauro Vieira, que está no Rio de Janeiro para a reunião do G20, convocou o embaixador israelense Daniel Zonshine para que compareça ao Palácio Itamaraty, no Rio, e chamou para consultas o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, que embarca para o Brasil amanhã”.

“A questão do Holocausto, o assassinato sistemático de 6 milhões de judeus, 1,5 milhão de crianças, no contexto da Segunda Guerra Mundial, muito específico e muito sensível. Obviamente, há de se fazer críticas, e o mundo todo está fazendo, ao que está acontecendo agora em Gaza. Precisa-se falar sobre isso e precisa haver um cessar-fogo e uma solução imediata para essas guerra entre Israel e o Hamas. Mas fazer esse tipo de comparação gerou uma situação muito complexa sobretudo entre o Brasil e Israel que não estava no radar”, diz.

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Originalmente Publicado: 19 de Fevereiro de 2024 às 21:05

Fonte: g1.globo.com