O governo federal contratou uma empresa em nome de um “Laranja” para fazer obras de manutenção dentro do presídio federal em Mossoró, de onde presos ligados ao Comando Vermelho fugiram no último dia 14.
“Na realidade, irmão, eu comprei do Ricardo e passei para para o Gil. Mas isso aí, bicho, vai além de tudo isso. O meio fogo, irmão. só você pesquisar. Para ficar num meio sujo e perverso, melhor sair e passar para a mão dos caras”, disse Wesley, negando-se a detalhar a que se referia.
“No caso, o que suspeito a característica da empresa que ganhou essa licitação, no governo Bolsonaro ainda. Na gestão do ministro Anderson Torres. A coisa começou lá. O problema está na origem a idoneidade e a capacidade técnica dela para fazer esse tipo de serviço”, diz.
“Não há dúvida que há uma suspeita em torno dessa empresa. Merece questionamento”, afirma ele, que foi secretário-adjunto de Segurança de Minas de 2003 a 2007.
“Na gestão prisional, de maneira geral, normal e conveniente fazer licitações de empresas que possam fazer a manutenção periódica dos presídios ao longo do tempo. assim que funciona e deve ser assim mesmo, do meu ponto de vista. Isso permite resolver pequenos problemas de toda sorte que aparecem, sem que tenha de fazer nova licitação a cada problema”, acrescenta o sociólogo.
Segundo ele, um dos requisitos para que uma empresa possa participar de uma licitação - como a vencida pela R7 Facilities - o de que ela esteja legalmente constituída.
As assessorias de Anderson Torres e Flavio Dino, que estiveram frente do ministério entre 2022 e o início de 2024, informaram que o contrato não teve qualquer relação com os ex-titulares da pasta porque assinado no departamento que cuida da área de presídios, dentro da própria pasta.
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Originalmente Publicado: 21 de Fevereiro de 2024 às 12:40
Fonte: tribunadonorte.com.br