Um ato do governador Tarcísio de Freitas, do Republicanos, publicado no Diário Oficial desta quarta-feira, movimentou, de uma só vez, 34 coronéis da Polícia Militar de São Paulo, entre eles integrantes do alto comando.

As substituições atingiram três postos estratégicos: o subcomando, o Centro de Inteligência e o comando do CPChoq, unidade a que a Rota está subordinada.

Militares ouvidos pela TV Globo consideram que o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, se “Intromete constantemente” em decisões da PM que tendem a evitar confrontos e ações letais, o que provocou um desgaste na relação de Derrite com o comando da PM. O secretário vinha estudando essas alterações há meses, de acordo com apuração da TV Globo, por entender que parte do comando da PM resistia às ordens dadas por ele.

O antigo subcomandante, coronel Freixo, homem de confiança do comandante-geral, era um defensor das câmeras corporais e se opôs, recentemente, deflagração de mais uma fase da Operação Escudo, após a morte do PM da Rota na Baixada Santista.

A troca de cargos abriu uma crise na PM. Grande parte dos coronéis substituídos não foi comunicada com antecedência, o que contraria a prática dentro da corporação.

O mais delicado, contudo, que muitos coronéis mais antigos ficaram subordinados a coronéis mais jovens, o que quebra a tradição dentro de instituições militares.

Em nota, a SSP informou que “a atual gestão da Secretaria da Segurança Pública reconhece e valoriza o trabalho dos policiais paulistas e informa que desde o início do ano, uma série de promoções por mérito e movimentações de rotina foi efetivada junto às polícias Civil, Militar e Técnico-Científica do Estado. Tais medidas são planejadas e executadas a partir de critérios estritamente técnicos com o objetivo de aprimorar constantemente a atuação policial e reforçar a segurança de toda a população”.

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Originalmente Publicado: 21 de Fevereiro de 2024 às 19:08

Fonte: g1.globo.com