De acordo com a Abin, o órgão o maior interessado na apuração dos fatos e continuará colaborando com as investigações da Polícia Federal, que investiga o caso.

Em junho daquele ano, um arquivo nomeado “Pavão.pdf” foi criado num sistema da Abin, que continha reprodução de tela de pesquisas realizadas em nomes de Wyllys, Miranda e do jornalista Leandro Demori, que trabalhava no site The Intercept e que também foi citado em publicações do “Pavão Misterioso”.

Demori foi o responsável pela divulgação de mensagens entre o ex-juiz Sergio Moro, então ministro da Justiça na gestão de Bolsonaro, e procuradores da Operação Lava-Jato.

Um dos alvos monitorados foi Alessandra Maria da Costa Aires, do gabinete do senador Confúcio Moura, no período em que o parlamentar fez críticas a Bolsonaro sobre a pandemia de covid-19 e votou contra a facilitação do porte de armas.

Ambientalistas A Abin também esteve interessada em ambientalistas: entre os alvos de investigação, estiveram Marcelo José de Lima Dutra, ex-analista ambiental do Ibama e ex-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas, e Newton Coelho Monteiro, engenheiro de queimadas e desmatamento do IPAAM. Hugo Ferreira Loss, então coordenador de Operações de Fiscalização do Ibama, foi espionado pela Abin por sua ação contra garimpos em terras indígenas no sul do Pará.

Acadêmicos Os dados do sistema do FirstMile ainda revelaram que foram realizadas pesquisas a um número de telefone vinculado professora da Universidade de Brasília Chang Chung Yu Dorea, que leciona no Departamento de Matemática.

Em fevereiro de 2020, foi revelado por meio de informações de um clube de descontos de servidores públicos que um integrante da Abin estava lotado na UnB no cargo de vigilante.

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Originalmente Publicado: 23 de Fevereiro de 2024 às 18:07

Fonte: www.correiobraziliense.com.br