A Polícia Federal identificou os militares da ativa que redigiram uma carta apócrifa que circulou nas Forças Armadas para tentar coagir a cúpula militar a aderir ao golpe estruturado e colocado em marcha pela organização criminosa comandada por Jair Bolsonaro.
Segundo informações divulgadas pela Folha de S.Paulo, que teve acesso ao relatório da PF, a carta golpista foi escrita pelo coronel gaúcho Giovani Pasani e revisada pelo coronel Alexandre Castilho Bitencourt da Silva.
Os autores foram identificados a partir da análise do computador e das contas do tenente-coronel Mauro Cid, que recebeu o documento na noite de 28 de novembro de 2022.
Bitencourt segue no Exército e foi condecorada, em fevereiro de 2023, com com passador de ouro -medalha entregue aos oficiais que completam 30 anos de bons serviços prestados.
natural e justificável que o povo brasileiro esteja se sentindo indefeso, intimidado, de mãos atadas e busque nas FFAA , os ‘reais guardiões’ de nossa Constituição, o amparo para suas preocupações e solução para suas angústias”, diz trecho.
O documento afirmava ainda ser importante que “Os Poderes e Instituições da União assumam os seus papéis constitucionais previstos em lei e em prol da pacificação política, econômica e social, especialmente para a manutenção da Garantia da Lei e da Ordem e da preservação dos poderes constitucionais, respeitando o pacto federativo previsto na regra basilar de fundação da República”, dizendo que os militares estão “Sempre prontos para cumprir suas missões constitucionais” e que os soldados “Colocam os objetivos nacionais sempre em primeiro plano, desprezando quaisquer interesses pessoais”.
“Covardia, injustiça e fraqueza são os atributos mais abominados para um Soldado. Nossa nação, aquela que entrega os maiores índices de confiança às Forças Armadas, sabe que seus militares não a abandonarão”, diz o texto, na tentativa desesperada de coagir os militares ao golpe.
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Originalmente Publicado: 23 de Fevereiro de 2024 às 06:39
Fonte: revistaforum.com.br