O caso da empresária Juliana Lima Vilela, de 30 anos, em São Luís, que possui um tipo de câncer raro no nariz, conhecido como sarcoma, chamou a atenção pela forma como foi detectado e pela região onde está localizado.
Ao g1, o médico oncologista Antônio Alencar explica que por ser um tipo raro de câncer, não existem muitos meios que ajudem a detectar de forma rápida o sarcoma, quando este comparado com outros tipos da doença, como o câncer de mama e o de próstata.
“Nenhum dos sarcomas que existem tem um tipo de exame, que chamamos de detecção precoce, como o caso dos cânceres de mama, que tem mamografia e o de próstata, que tem o PSA e a ressonância. Infelizmente, para sarcomas, não existe um exame que consegue prevenir ou detectar precocemente, por isso que são tumores. Existem sarcomas que são raríssimos e outros que são mais comuns, porque tem vários tipos”, explica o médico.
“Esses tumores podem se manifestar em partes diferentes do corpo e de maneiras diferentes e, a maioria dos sarcomas, são mais incidentes em pessoas mais jovens. Alguns deles estão relacionados a algumas alterações genéticas, mas nem todos. Quando eles [tumor] são muito grandes, dependendo da localização, podem causar dor, por exemplo, sintomas esses que são muito variáveis já que dependem do tipo de tumor e de onde ele está crescendo”, diz Antônio Alencar ao g1.
Após meses de investigação, a maranhense descobriu que se tratava de um sarcoma no nariz, um tipo raro de tumor.
O oncologista Antônio Alencar explica ao g1 que, apesar de não ser uma localização comum entre os pacientes com sarcoma, esse tipo de nódulo pode surgir no nariz.
“Quando maior o tumor, mesmo que ele esteja localizado e não tem metástase, maior será a cirurgia. A cirurgia tem tirar o tumor todo, com margens livres, ou seja, tem que ter um pouco de tecido ao redor para que o patologista na hora de olhar o material tenha certeza que não sobrou mais tecido ali no paciente”, disse.
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Originalmente Publicado: 23 de Fevereiro de 2024 às 17:00
Fonte: g1.globo.com