“A Otan e a Rússia estão buscando ativamente uma cooperação mais próxima: um sinal para ambos os lados de que a verdadeira ameaça paz mundial não reside um no outro…“, diz um texto de 20 de novembro de 2001.
“Na minha segunda reunião com Putin, ele disse explicitamente: ‘Quando que vocês vão convidar a Rússia a aderir Otan?’ Eu disse: ‘Não convidamos os países a aderirem Otan, eles solicitam.’ E ele disse: ‘Não vamos ficar parados na fila ao lado de um monte de países que não importam’.”
“Acho que isso meio que corroeu o ego [de Putin]. Some isso fraqueza, algumas vezes, do Ocidente e, em muitos aspectos, às provocações que ele enfrentou, assim como a seu próprio ego cada vez maior. Acho que isso transformou o indivíduo que queria cooperar com a Otan em alguém que agora vê a Otan como uma enorme ameaça.”
Eles acusam a Otan de quebrar uma promessa feita ao Kremlin, supostamente nos últimos dias da União Soviética, de que a aliança não aceitaria países que estiveram anteriormente na órbita de Moscou.
“Não houve nada acordado, não houve nenhum tratado nesse sentido. Mas foi o próprio Vladimir Putin quem assinou a Declaração de Roma em 28 de maio de 2002. O mesmo pedaço de papel que assinei, que consagrava os princípios básicos da integridade territorial e da não-interferência em outros países. Ele assinou isso. Não pode culpar mais ninguém.”
Pergunto a Lidiya Petrovna, que está passando pelo local com o neto, como a vida mudou em dois anos.
“Mas estou triste pelos rapazes, por todos, que foram mortos. Sem dúvida não precisamos de guerra com o Ocidente. Nosso povo não viu nada além de guerra, guerra, guerra durante toda a sua vida.”
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Originalmente Publicado: 24 de Fevereiro de 2024 às 00:01
Fonte: g1.globo.com