assim que Benigno Alarcón, diretor do Centro de Estudos Políticos da Universidade Católica Andrés Bello, em Caracas, define o que a Venezuela atualmente.
“Mas o regime ameaça e intensifica a presença militar na fronteira e todos precisam ficar atentos a isso. Ninguém, muito menos o Brasil, com seu objetivo de ser líder regional, quer uma guerra. Todos precisarão sentar mesa e pressionar Maduro”, completou.
Desde que Chávez foi eleito, em 1998, a Venezuela passou por amplas transformações econômicas, sociais e políticas - que foram consolidando o poder do governo central sobre praticamente todas as instituições.
Já Salamanca avalia que Lula e o presidente colombiano Gustavo Petro, que têm boa interlocução e vínculos históricos com o chavismo, podem ajudar a abrir caminhos de negociação “Convencendo Maduro e a elite chavista da necessidade de mudança”.
Luis Vicente León, no entanto, analisa que o governo de Maduro se tornou tão forte e arraigado dentro da sociedade que essas negociações são extremamente complexas porque “o custo da saída de Maduro muito alto para a dita revolução bolivariana”.
“Há muitas forças dentro dessa autocracia venezuelana. Para que você imagine uma transição entre concentração de poder e democracia, você precisa analisar duas variáveis: o custo de saída do líder e o custo de permanência dele”, afirmou.
Para o analista, uma Venezuela pós-chavista só poderá ocorrer após uma negociação política real, em que ambos os lados reconheçam a força de seus adversários e entrem num acordo para uma transição lenta e compartilhada, que deem aos chavistas, por exemplo, “Possibilidade de saírem sem serem perseguidos”.
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Originalmente Publicado: 28 de Fevereiro de 2024 às 03:00
Fonte: g1.globo.com