O Brasil registrou quase 1 milhão de casos suspeitos de dengue no país desde o início do ano, com 195 óbitos e outros 672 em investigação, segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde.
Existem três princípios ativos usados nos repelentes, todos vindos do exterior: icaridina, um ativo de origem natural e de maior eficácia, que proporciona até 10 horas de proteção; deet, o ativo mais antigo, de origem química e inflamável; e o IR 3535, ativo da multinacional Merck.
“O problema que a importação da icaridina pode demorar 60 dias, de navio. Eu estou pagando 30% a mais para que a matéria-prima venha de avião, da Alemanha ou da China. Ainda assim, o desembaraço na alfândega demorado, o produto não chega antes de 30 dias na fábrica”, diz Norberto, que viu as vendas aumentarem 300% este ano, quando o repelente tomou o lugar do protetor solar e se tornou o produto mais vendido da Henlau.
Na multinacional americana SC Johnson, líder de mercado com as marcas Off! e Exposis, a produção na fábrica em Manaus passou de um para três turnos em janeiro e o volume aumentou 150%. “Temos produzido ambas as marcas de forma ininterrupta”, informou a empresa por meio da sua assessoria de imprensa.
Já a Viveo, fabricante de materiais e medicamentos para a área da saúde, dona da marca Cremer, pretende aumentar a produção da sua linha de lenços umedecidos Feel Clean com repelente base de IR 3535.
No período, a inflação medida pelo IPC-SP teve variação de 0,84%. “Os fabricantes não estavam preparados para uma demanda dessa ordem e tiveram custos extras com transporte e contratação de pessoal, o que justifica parte do aumento de preços”, diz Luís Fischpan, diretor do canal farmácia na Linx.
De acordo com a Linx, os preços variaram em média 15%. “Mas considerando os extremos, houve variação no ponto de venda de 1% até 120% no início deste ano, em relação ao começo de 2023”.
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Originalmente Publicado: 29 de Fevereiro de 2024 às 15:20
Fonte: www.otempo.com.br