A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, alertou ontem para o alto número de casos graves de dengue no país - sobretudo entre idosos com algum tipo de comorbidade.

“Precisamos pensar em uma entrada diferenciada para esses idosos no sistema de saúde. Uma porta de entrada para diagnóstico inicial e, para os pacientes que já estão com dengue e apresentaram piora no quadro, outro tipo de atendimento. Eles não podem competir com todos os outros para serem avaliados”, disse Ethel Maciel.

Em entrevista na terça-feira, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que o Brasil poderá ter neste ano o dobro de casos de dengue que foi registrado em 2023, quando o total de casos chegou a 1.658.816.“Há um aumento efetivo do número de casos muito elevado, com um padrão atípico neste início de ano. A gente já tem uma avaliação de que possível que venhamos a ter o dobro de casos do ano passado”, disse a ministra.

O estado registra até agora 1.871 casos graves ou com sinal de alarme da dengue e taxa de letalidade de 1,76%. Entre os óbitos confirmados, 45,45% são de pessoas que tinham 60 anos ou mais, especialmente na faixa entre os 70 e 79 anos, que concentra 21,21% das mortes.

Todos os moradores da capital a partir de 1 ano de idade e cadastrados em centros de saúde terão acesso modalidade assistencial, por meio de uma plataforma compartilhada com a Unimed-BH, com atendimento de médicos da rede SUS. Se a pessoa não for cadastrada, deverá procurar a unidade de referência para fazer esse processo.

SEM SINAIS DE ALARME- Nesses casos, o paciente com dengue apresenta febre geralmente por um período de 2 a 7 dias acompanhada de duas ou mais das seguintes manifestações clínicas: náusea ou vômitos; exantema; dor de cabeça ou dor atrás dos olhos; dor no corpo ou nas articulações; petéquias; e baixos níveis de glóbulos brancos no sangue.

COM SINAIS DE ALARME- Qualquer caso de dengue que apresente um ou mais dos seguintes sinais durante ou preferencialmente após a queda da febre: dor abdominal intensa e sustentada ou sensibilidade no abdômen; vômito persistente; acúmulo de líquidos; sangramento de mucosas; letargia ou inquietação; hipotensão postural; aumento do fígado; e aumento progressivo do hematócrito, com queda na contagem de plaquetas.

Este artigo foi resumido em 78%

Originalmente Publicado: 29 de Fevereiro de 2024 às 05:59

Fonte: www.em.com.br