Um aluno autodeclarado pardo perdeu a vaga na Faculdade de Direito da USP depois de ter sua matrícula cancelada pela comissão de heteroidentificação da universidade por não reconhecer sua autodeclaração.
A Comissão Assessora designada assinou parecer no dia 21 do mesmo mês, informando que o candidato não possui traços fenotípicos que o caracterizam como preto ou pardo.
Ao Poder360, Mondillo disse que “o mais gritante” no caso são os modos distintos de averiguar a autodeclaração de candidatos pretos e pardos entre os aprovados pela Fuvest, vestibular próprio da USP, e os aprovados por demais vestibulares.
“Não há dúvidas de que a oitiva virtual prejudica o candidato que tem sua autodeclaração não confirmada, pois presencialmente os membros da Comissão tem a real possibilidade de averiguar os aspectos fenotípicos que o tornam apto vaga reservada pelas cotas raciais”, diz documento enviado pela defesa.
Glauco, que também menor aprendiz, manteve o emprego para conseguir arcar com os custos dos estudos na universidade.
“Ele um aluno bastante dedicado, que teve a chance de mudar a sua própria vida e da família”, lamentou a defesa.
Segundo a universidade, desde a adoção da política de reserva de vagas, a instituição recebeu mais de 200 acusações de supostas fraudes na autodeclaração de pertencimento ao grupo PPI. O Poder360 entrou em contato com a Faculdade de Direito da USP para pedir uma posição perante o caso.
Este artigo foi resumido em 64%
Originalmente Publicado: 1 de Março de 2024 às 12:18
Fonte: www.poder360.com.br