Contexto: o Acre enfrenta cheias que atingem 100 mil pessoas, com 19 das 22 cidades do estado em situação de emergência, áreas sem energia elétrica, aulas suspensas, plantações perdidas e o registro de quatro mortes.

A seca extrema que assolou o estado ocorreu em um período sob a influência do atual ciclo do El Niño, que está impactando o clima desde junho do ano passado.

“O que a gente está verificando que as condições meteorológicas e as massas de ar estão cada vez mais instáveis. Principalmente, quando associadas a grandes eventos. Estamos em ano de El Niño. Toda a faixa oeste da América do Sul está tendo eventos meteorológicos extremos”, explica o meteorologista e professor da Universidade Federal do Acre, Rafael Coll Delgado.

Outro fator importante para entender as atuais enchentes no Acre o fenômeno conhecido como ‘Inverno Amazônico’, que nada mais que o período de chuvas na Amazônia.

Renato Senna, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisa Amazônica, explica que as características da estação chuvosa são céu encoberto e chuvas contínuas, diferentemente do que se tem observado nas últimas semanas.

De acordo com Seluchi, a águas do Oceano Atlântico que estão um pouco mais quentes ao norte do Equador do que ao sul, o que contribui para a desconfiguração da Zona de Convergência Intertropical.

Renato Senna observa que o sistema deve ficar mais ao norte do que o esperado, não trazendo as chuvas características de março.

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Originalmente Publicado: 2 de Março de 2024 às 19:00

Fonte: g1.globo.com