Israel tomou a decisão depois que o primeiro-ministro do Catar informou David Barnea, chefe do Mossad, o serviço de inteligência estrangeira de Israel, no domingo, que o Hamas havia recusado um pedido israelense para fornecer uma lista dos reféns que ainda estavam vivos, de acordo com um oficial israelense.
Outro fator que pesou na decisão de Israel foi que o Hamas se recusou a consentir com os termos para trocar reféns por prisioneiros palestinos que os Estados Unidos apresentaram em Paris cerca de 10 dias atrás, disseram dois oficiais israelenses que falaram sob condição de anonimato porque não estavam autorizados publicamente.
O esboço dos EUA envolvia Israel libertando centenas de prisioneiros palestinos em troca de 40 reféns, com diferentes números de prisioneiros sendo trocados por diferentes categorias de reféns, de acordo com dois oficiais com conhecimento das negociações.
Pontos de impasse nas negociações têm sido o número de prisioneiros palestinos a serem libertados, incluindo o número daqueles que cumprem sentenças de prisão perpétua, e se um cessar-fogo será permanente ou temporário.
No sábado, um alto funcionário dos Estados Unidos, que falou sob condição de anonimato para discutir esforços diplomáticos sensíveis, disse a repórteres que Israel havia “Mais ou menos aceitado” um esboço para o acordo e que a bola agora estava no campo do Hamas.
O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu de Israel disse na quinta-feira que o progresso nas negociações exigiria que o Hamas suavizasse suas “Demandas ridículas”.
O presidente Biden disse na quinta-feira que o derramamento de sangue no norte de Gaza mais cedo no dia, quando dezenas de palestinos foram mortos depois que as forças israelenses abriram fogo em torno de um comboio de caminhões de ajuda, complicaria as negociações para um cessar-fogo.
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Originalmente Publicado: 3 de Março de 2024 às 20:35
Fonte: www.estadao.com.br