FOLHAPRESS - Ex-comandante do Exército, o general Marco Antônio Freire Gomes confirmou Polícia Federal que foi convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para reunião em que se discutiu propostas golpistas contra a eleição de Lula, em dezembro de 2022.

Generais ouvidos pela reportagem afirmam que, apesar do desgaste institucional de um ex-comandante do Exército depor Polícia Federal, foi a primeira vez que Freire Gomes teve a oportunidade de contar sua versão dos fatos após uma série de especulações serem levantadas.

Eles ainda dizem que o depoimento era relevante para o general demonstrar que não foi omisso diante de apelos golpistas feitos por Bolsonaro, aliados do ex-presidente e militares.

O relato do general ignorou, porém, que ele próprio disse a todos os generais da ativa em 10 de novembro de 2022 que os acampamentos não deveriam ser reprimidos -também não levou em consideração a nota dos comandantes das Forças Armadas, no dia seguinte, que continha tom considerado elogioso aos manifestantes em frente ao QG do Exército.

O último que deve ser encerrado justamente o das milícias digitais, que trata da investigação sobre uma trama para dar um golpe de Estado.

Embora tenha ficado calado no depoimento, Bolsonaro aproveitou um ato que organizou na avenida Paulista, no dia 25 de fevereiro, para se defender das acusações de que tramou um golpe.

A mesma coisa fez o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, que “Respondeu serenamente a todas as perguntas que lhe foram formuladas”, segundo sua defesa.

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Originalmente Publicado: 4 de Março de 2024 às 18:37

Fonte: www.em.com.br