Em outubro do ano passado, o governo da Venezuela e a oposição chegaram a um acerto sobre as eleições e assinaram um documento chamado Acordo de Barbados, que estabelece diretrizes de como as eleições devem acontecer.

Mesmo aliviados com um passo adiante, com a data estabelecida, integrantes do governo brasileiro fazem questão de lembrar que tradicionalmente o pleito feito no fim do ano, e que a proximidade com as eleições pode dar margem para riscos, por ser “Cedo demais”, já que há impasses criados pelo governo Maduro a serem resolvidos.

Na ocasião, o governo brasileiro publicou uma nota para pedir o cumprimento do acordo: “Os acordos, que estabeleceram parâmetros para a realização das eleições presidenciais este ano, resultaram da mesa de diálogo entre governo e oposição mediada pela Noruega e receberam apoio, entre outros, do Brasil e dos EUA”, dizia o texto do governo brasileiro.

No dia 1º de março, Maduro disse ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que as eleições na Venezuela seriam marcadas para o segundo semestre deste ano e, depois de um “Amplo acordo com a oposição”, o pleito terá observadores internacionais e será feita uma auditoria nos resultados.

A desabilitação da oposicionista María Corina Machado, em janeiro, levantou dúvidas sobre se o processo correria como o acordado, mas uma fonte disse agência de notícias Reuters que a maioria da oposição tratou a retirada da líder oposicionista como um fato já esperado.

Há um temor de que, durante as eleições, o presidente venezuelano volte a fazer ameaças de ocupação da região pertencente Guiana.

Maduro, que apresentou a Lula índices que mostram uma melhoria nos indicadores econômicos do país, como a inflação, disse que seu governo tentaria avançar no pagamento da dívida para que seja possível retomar o comércio entre os dois países.

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Originalmente Publicado: 5 de Março de 2024 às 17:20

Fonte: g1.globo.com