Familiares do Nilton Ramon de Oliveira, o entregador baleado por um cabo após um bate-boca na última segunda-feira, estão se sentindo ameaçados e com medo de sofrer represálias por parte de policiais militares.
“Eu clamo por justiça. A gente não sabe o que pode acontecer. O policial cometeu uma tentativa de homicídio contra meu cunhado, não pode ficar impune”, completa ele.
Testemunha não viu colega tentar pegar arma de PM. Um colega do entregador afirma que não viu o funcionário tentar tirar a arma do militar.
A versão difere da do PM: em depoimento, Roy Martins Cavalcanti alegou que atirou em Nilton “Em legítima defesa” porque o entregador quis desarmá-lo.
Em entrevista no “Encontro com Patrícia Poeta” desta quarta-feira, Yuri Oliveira, que também trabalha no iFood e testemunhou o episódio, disse que não viu Nilton fazendo qualquer movimento a fim de pegar a pistola de Roy.
O entregador foi atingido na coxa e está internado em estado grave no CTI do Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier.
“A gente passa por isso todos os dias. Os entregadores daqui da região estão unidos porque o nosso colega foi baleado por não entregar um açaí, é, mas ao mesmo tempo que nós queremos fazer alguma coisa, nós ficamos assim, meio acuados.”
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Originalmente Publicado: 6 de Março de 2024 às 12:47
Fonte: g1.globo.com