Para esta reportagem, o g1 teve acesso, com exclusividade, a dez boletins de ocorrência que se referem a 17 das 39 mortes ocorridas durante a operação da PM. Nos dez registros, a polícia alega que os mortos eram criminosos e que foram baleados por estarem armados.

Funcionários do Sistema de Saúde de Santos, que não serão identificados na reportagem, para não sofrerem possíveis retaliações, afirmaram, no entanto, que, diferentemente do que está descrito nos boletins de ocorrência das mortes, os baleados e mortos da operação não foram socorridos ainda com vida.

Em nota, a Secretaria da Saúde de Santos afirmou que quando o óbito constatado no local, o Samu aciona o IML. Secretaria disse ainda que vai abrir sindicância para apurar os fatos narrados.

“A Santa Casa de Santos, por meio de sua assessoria de comunicação, informa que o hospital não recebe pacientes em óbito e, se porventura algum dos pacientes falecer ao dar entrada, feito o encaminhamento ao IML. A instituição não recebeu relatos referentes ao que foi perguntado.”

A remoção do cadáver em si algo que não tem justificativa nem do ponto de vista lógico, nem do ponto de vista normativo, né? Se a produção do cadáver o que produz a comoção, não pela retirada daquela corporalidade que vai acabar, que vai fazer cessar a conflituosidade do evento, né?“, questiona.

Mas informação difere do que está na declaração de óbito dele, de que faleceu no local onde foi baleado pela PM - Foto: Reprodução.

Familiares disseram ao g1 que tiveram informações de que Rodnei foi levado morto para o hospital e depois reconheceram seu corpo no IML de Praia Grande, outra cidade da Baixada.

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Originalmente Publicado: 7 de Março de 2024 às 17:39

Fonte: g1.globo.com