O presidente do STF, Roberto Barroso, criticou nesta 6ª feira o que chamou de “Manipulação política” da religião para captação de votos e desgate de adversários.
Segundo o ministro, a fé deve ocupar um espaço na vida privada das pessoas, e não caminhar para um “Uso abusivo” do tema por lideranças públicas.
“Precisamos combater a captura da religião para servir a causas políticas temporais e não espirituais, a instrumentalização de lideres religiosos para captar votos e dizer ‘o meu adversário o demônio, quem votar nele não vai para o céu’. uma forma bárbara, anti-cristã, de lidar com a religião”, disse o ministro durante aula magna na PUC-Rio.
“Fiquei imaginando que estranha mistura seria essa da religião com ódio, porque a religião verdadeira o oposto do ódio, da violência. a capacidade de lidar com o outro, mesmo quando ele tiver um comportamento absurdo, para compreendê-lo e convertê-lo”, afirmou.
O ministro participou nesta 6ª feira de aula magna com o tema “Revolução tecnológica, recessão democrática e mudança climática: o mundo em que estamos vivendo”.
Falou sobre os perigos do deepfake para a liberdade de expressão, a força da extrema-direita em todo o mundo e os movimentos para fortalecer as instituições democráticas do país.
“Quem acompanha as investigações que estão em curso confirmou o que já se sabia: que houve um gabinete do ódio, com líderes pedindo para que se disseminasse desinformação e acusações contra o seus colegas, porque não pensavam igual, não aderiram ao golpe [] Nenhuma causa que precise de desinformação uma boa causa. Quem defende uma boa causa deve colocar seus argumentos na mesa”, declarou o ministro.
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Originalmente Publicado: 8 de Março de 2024 às 15:05
Fonte: www.poder360.com.br