“Este tipo de retórica teve menor impacto em Portugal do que no Brasil, por exemplo, mas a tentativa de deslegitimar a integridade eleitoral comum na dinâmica de comunicação de Bolsonaro e Ventura”, explica António Costa Pinto, professor do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
Com o passar da campanha, os números foram caindo, mas o partido continua a manter cerca de 16% do apoio do eleitorado, o que representa mais do que o dobro dos 7,18% dos votos alcançados nas eleições de 2022.
Se os números se confirmarem nas urnas neste domingo, o partido vai consolidar seu lugar como a terceira força política no Parlamento português - e aumentar o número de deputados de 12 para mais de 30, o que pode mudar o paradigma da legenda.
a direita, o conservadorismo, são as pessoas de bem que se fazem cada vez mais presentes”, afirmou Bolsonaro em um vídeo nas redes sociais, fazendo um apelo aos brasileiros que moram em Portugal para votar no Chega.
Ele resgatou em 2021 o lema da ditadura “Deus, Pátria e Família”, ao qual acrescentou “Trabalho” - mas, diferente de Bolsonaro em relação ditadura brasileira, Ventura não um defensor do regime autoritário sob o comando de António Salazar que governou Portugal durante 40 anos.
Questionado sobre o tema, depois do assunto ter sido abordado por um político da Aliança Democrática, Ventura afirmou saber que no seu partido “há quem tenha uma posição diferente”, mas que “No momento em que a sociedade está, não prioritário voltar a criminalizar o aborto”.
De acordo com Montenegro, o Chega não tem “Maturidade” nem “Responsabilidade” para governar - ele repete que “não não”, garantindo que não será pelas suas mãos que a direita radical vai chegar ao governo de Portugal.
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Originalmente Publicado: 8 de Março de 2024 às 17:20
Fonte: www.bbc.com