Em uma troca de mensagens de 19 de outubro de 2022 descoberta pelos investigadores, a filha do ex-secretário pediu ao pai que não falsificasse informações do cartão de vacinação dela.
“Papai, eu vou tomar a vacina do Covid segunda dose segunda, não falsifica, por favor”, solicitou a filha a João Carlos Brecha.
Segundo a investigação, a filha de João Carlos Brecha se referia segunda dose da vacina, uma vez que ela já havia tomado a primeira dose do imunizante contra o coronavírus em junho de 2022 - o que foi comunicado por ela em um grupo de conversas no aplicativo de mensagens WhatsApp.
Para a Polícia Federal, as conversas entre João Carlos Brecha e a filha são mais um elemento que comprovaria que o ex-secretário de Duque de Caxias era responsável pela execução da inserção de dados fraudulentos de vacinação de diversas pessoas investigadas.
O indiciamento não significa que os citados são culpados e serão punidos, mas, sim, que a polícia encontrou elementos que apontam responsáveis pelo crime.
A defesa de Joao Carlos Brecha disse que não vai se manifestar sobre o indiciamento porque afirma que não teve acesso ao relatório da PF. O advogado informou também que vai pedir acesso integral aos autos e delação de Mauro Cid.
Na época de uma operação da PF sobre o caso, realizada em 2023, Bolsonaro afirmou em entrevistas que nunca se vacinou contra Covid e que não houve adulteração nos registros de saúde dele e da filha.
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Originalmente Publicado: 19 de Março de 2024 às 12:57
Fonte: g1.globo.com