Ele foi preso no âmbito da operação que apura a inserção de informações falsas de doses da Covid-19 em cartões de vacinas de familiares dele, de Bolsonaro, da filha do ex-presidente e de dois seguranças.
Além do caso das vacinas, a delação de Cid embasa outras apurações, como a que apura uma trama de golpe de Estado e das joias sauditas que envolvem o ex-presidente e a mulher, Michelle Bolsonaro.
VEJA TAMBÉM. “Não adianta. Você pode falar o que quiser. Eles não aceitavam e discutiam. E discutiam que a minha versão não era a verdadeira, que não podia ter sido assim, que eu estava mentindo”, completou.
“Eles estão com a narrativa pronta. Eles não queriam saber a verdade, eles queriam só que eu confirmasse a narrativa deles. Entendeu? isso que eles queriam. E todas as vezes eles falavam: Ó, a sua colaboração está muito boa’. Ele até falou: ‘Vacina, por exemplo, você vai ser indiciado por nove negócios de vacina, nove tentativas de falsificação de vacina. Vai ser indiciado por associação criminosa e mais um termo lá’. Ele falou assim: ‘Só essa brincadeira são trinta anos para você’.”
Em outro áudio, ele ainda critica Alexandre de Moraes, dando a entender que o ministro, que relator de diversos casos no Supremo que miram o ex-presidente, quer prender Bolsonaro.
“Acho que essa que a grande verdade. Ele já tem a sentença dele pronta. Só tá esperando passar um tempo. O momento que ele achar conveniente denuncia todo mundo, o PGR acata, aceita e ele prende todo mundo”.
Para explicar o motivo que fechou o acordo de delação premiada, o tenente-coronel fala que senão fizesse isso, iria pegar “30, 40 anos de prisão porque eu estou em vacina, eu estou em joia”.
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Originalmente Publicado: 21 de Março de 2024 às 22:39
Fonte: www.otempo.com.br