BRASÍLIA - A sugestão do nome do delegado Rivaldo Barbosa para a chefia da Polícia Civil do Rio de Janeiro, em 2018, foi feita pelo setor de inteligência do Comando Militar do Leste.

Os advogados de Braga Netto afirmam que ele não tinha qualquer ingerência na definição da Polícia Civil e que o general não pediu nem buscou sugestões junto inteligência do CML sobre possíveis indicados.

“Ia fazer a escolha apesar do nome do delegado Delmir não constar na lista encaminhada pela inteligência do CML, mas ele não aceitou o convite. Assim, escolheu o nome de Rivaldo Barbosa para tal cargo, nome esse que constava em tal lista”, afirmou aos investigadores.

Na conclusão da apuração, a polícia apontou a “Passiva gestão dos militares frente da Segurança Pública do Rio de Janeiro”, a “Falta de traquejo para manejar as vicissitudes do jogo de poder fluminense” e a “Manutenção de Rivaldo mesmo após a contraindicação” como fatores que indicam a gerência de Richard Nunes na nomeação do delegado.

Os investigadores colheram depoimento de Richard Nunes no fim do ano passado em busca de informações sobre a ascensão de Rivaldo Barbosa e do também delegado Giniton Lages na polícia, também suspeito de ter atuado para embaçar as investigações.

O advogado Marcus Vinícius de Camargo Figueiredo afirmou que Braga Netto não teve papel na escolha do chefe da polícia e que não recomendou nem pediu nenhum relatório inteligência militar sobre possíveis indicados.

“O general não teve ingerência na nomeação deste delegado. Coube exclusivamente secretaria de Segurança. No que toca a este fato de que houve uma busca na inteligência do CML, essa busca não foi realizada pelo general Braga Netto e nem a pedido do general Braga Netto. Repito: não teve nenhuma ingerência”, acrescentou.

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Originalmente Publicado: 24 de Março de 2024 às 19:41

Fonte: www.estadao.com.br