No relatório da PGR, as mensagens conspiratórias prosseguiram entre Casimiro e Fábio após as eleições, que elegeram democraticamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ao ler a mensagem, Fábio, mesmo sabendo que o conteúdo não era verídico, não retrucou o coronel, que comandava a área responsável pelo batalhão da Esplanada dos Ministérios.

No recorte feito pela reportagem, a tentativa de invasão sede da PF, em 12 de dezembro, e o cenário de terror, na capital do país, foi criticada pela PGR. Na denúncia, Carlos Frederico cita que, embora presente no local, a PMDF não prendeu ninguém.

A justificativa dada pelos oficiais, inclusive Comissão Parlamentar de Inquérito dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa, era de que a corporação optou por colocar “Ordem na casa”, principalmente porque parte da equipe estava alocada na diplomação de Lula - o caso ocorreu quando o indígena José Acácio Serere Xavante, conhecido como cacique Tsereré, foi preso pela própria PF. Apesar das justificativas, a PGR não entendeu dessa maneira.

Ainda com base na denúncia, Fábio Augusto, Naime e Casimiro tinham conhecimento de que o acampamento no Setor Militar Urbano concentrava extremistas e que ali era um ponto de organização para a prática de atos antidemocráticos voltados a garantir a permanência do ex-presidente no poder.

Todos são acusados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e por infringir a Lei Orgânica e o Regimento Interno da PM. Posicionamento Em nota, os advogados João Paulo Boaventura e Thiago Turbay, que fazem a defesa do coronel Fábio Augusto, celebraram a decisão de Moraes.

“Desde o início a defesa do Coronel Klepter tem chamado a atenção para essa peculiaridade, de maneira que havendo a individualização de condutas e, consequentemente, de responsabilidades, a concessão da liberdade provisória seria a consequência lógica. A sábia decisão proferida hoje, demonstra que o trabalho da defesa foi efetivo, e reforça a nossa convicção de teremos uma análise atenta, caso a caso, da conduta de cada um, e, ao final, certamente a convicção dos doutos Ministros será pela absolvição do Coronel Klepter”, pontuaram os advogados Almiro Júnior e Newton Rubens.

Este artigo foi resumido em 67%

Originalmente Publicado: 28 de Março de 2024 às 15:10

Fonte: www.correiobraziliense.com.br