Nas imagens da estadia do ex-presidente Jair Bolsonaro na embaixada da Hungria em Brasília, reveladas na última segunda-feira pelo jornal norte-americano The New York Times, possível ver que, às 20h38 do dia 13 de fevereiro, um homem chegou no banco traseiro de um carro e foi para o interior do imóvel, permanecendo no local por 38 minutos.
Mas nesta sexta-feira, aliados de Carluxo teriam confirmado a Bela Megale, colunista de O Globo, que se tratava, de fato, do filho ‘zero-dois’.
Carluxo estaria em Brasília para visitar sua filha - a mesma que apontada como sendo sua irmã, fruto de uma suposta relação extraconjugal do ex-presidente.
O periódico trouxe tona que o ex-mandatário chegou a ficar dois dias escondido na sede da representação diplomática húngara no Brasil, supostamente, para evitar sua prisão dias após a apreensão de seu passaporte, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e de dois de seus mais próximos assessores terem sido presos.
Bolsonaro teve o documento de viagem apreendido como medida cautelar contra uma possível fuga do Brasil, uma vez que o ex-chefe de Estado o alvo central do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado perpetrada pelo antigo governo entre o final de 2022 e o começo de 2023, após a derrota do radical para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O fato do ex-presidente se refugiar na Embaixada da Hungria, o que evitaria sua prisão por conta do princípio da extraterritorialidade, pode configurar violação de medida cautelar.
“Ele está sem passaporte, o ministro Alexandre determinou a apreensão. claramente uma tentativa de fuga, pelo menos de refúgio. Então, motivo de prisão. Eu até entendo que a pessoa tem direito de fugir, mas a jurisprudência mudou. E hoje, efetivamente, caso de prisão preventiva. Especialmente pelo fato de estar sem passaporte e com medidas cautelares, justificaria a prisão”, analisa o criminalista.
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Originalmente Publicado: 29 de Março de 2024 às 17:54
Fonte: revistaforum.com.br