María Corina Machado, a líder da oposição na Venezuela, agradeceu na sexta-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ele ter se manifestado contra a ineligibilidade de Corina Yoris, uma aliada que María Corina indicou para concorrer às eleições presidenciais marcadas para este ano no país.

María Corina também disse que a ineligibilidade de Corina Yoris e também a própria impossibilidade de se candiatar são contrárias a eleições livres e justas.

A Venezuela promove eleições no dia 28 de julho sob desconfiança da comunidade internacional de que o regime de Nicolás Maduro não assegure votações livres e democráticas -o que contraria um compromisso formal assinado em outubro de 2023.

Quando María Corina Machado foi impedida de participar, o governo brasileiro ficou em silêncio, mas o Ministério de Relações Exteriores se manifestou quando Corina Yoris foi impedida de concorrer.

O ministério publicou uma nota afirmando que “[o Brasil] observa que a candidata indicada pela Plataforma Unitária, força política da oposição, e sobre a qual não pairavam decisões judiciais, foi impedida de registrar-se, o que não compatível com os acordos de Barbados.

“O Ministério do Poder Popular para as Relações Exteriores da República Bolivariana da Venezuela repudia a declaração cinzenta e intrometida, redigida por funcionários do Itamaraty, que parece ter sido ditada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, onde são emitidos comentários carregados de profunda ignorância sobre a realidade política na Venezuela”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que ficou surpreso com a decisão de proibir Corina Yoris.

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Originalmente Publicado: 30 de Março de 2024 às 16:17

Fonte: g1.globo.com