Mas mesmo sem repórteres estrangeiros no local, acumulam-se provas de que Israel não está, como alega, respeitando as suas obrigações sobre as leis da guerra de respeitar as vidas dos civis, ou permitir a livre circulação de ajuda numa situação de fome criada pelas próprias ações de Israel.

Um grande teste será a ofensiva que Israel planeja contra o Hamas em Rafah, planos que os EUA acreditam que agravariam a catástrofe humanitária em Gaza.

Essa descrença inclui a percepção de que o prolongamento da guerra uma forma de adiar o momento em que ele será responsabilizado pelos seus erros, por não ter conseguido trazer os reféns de Israel para casa em segurança e por alienar aliados vitais, começando pelo presidente Biden.

Algumas delas podem acontecer perto de onde estou escrevendo isto, olhando para o outro lado do Mar da Galileia em direção às Colinas de Golã, a grande faixa do sul da Síria que Israel capturou na guerra de 1967 no Oriente Médio e mais tarde anexou.

Shlomi lutou no Líbano durante o seu serviço militar e agora acredita que a única maneira de restaurar uma vida decente e segura na região por meio de um retorno de Israel ao Líbano para uma batalha decisiva com o Hezbollah.

O assassinato de 7 de Outubro e tudo o que se seguiu destruiu a ideia preguiçosa e esperançosa de que seria possível gerir o conflito de um século entre árabes e judeus pelo controle da terra entre o rio Jordão e o Mar Mediterrâneo.

Mas o audacioso assassinato no complexo diplomático iraniano em Damasco pode ser um sinal de que Israel acredita que o Irã e a rede que chama de eixo de resistência podem cair primeiro.

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Originalmente Publicado: 3 de Abril de 2024 às 17:57

Fonte: www.bbc.com