“Acredito que este capítulo defende com muita galhardia os interesses da Venezuela quando o presidente da República tem o poder de proibir a celebração de contratos ou acordos com pessoas jurídicas que estejam operando ou colaborando com a operação no território de Guiana Essequiba ou nas águas a serem delimitadas”, disse Maduro.

No entanto, o ex-diretor do Banco Central da Venezuela descartou que isso iniba a petroleira americana de continuar com seus planos na Guiana.

“Tenho a impressão de que a Venezuela precisa da ExxonMobil mais do que a ExxonMobil precisa da Venezuela A Venezuela precisa da ExxonMobil, porque foi a segunda petroleira a chegar ao país e localizou as jazidas e sabe quais são os seus problemas, mas o mundo da ExxonMobil não acaba na Venezuela”, explicou o economista BBC Mundo.

“A lei pressupõe a tese do governo venezuelano de que a Guiana Esequiba já faz parte do território nacional. Isso gera um problema de direito internacional, porque implica a anexação de fato de um território que, embora seja reivindicado pela Venezuela, faz parte da Guiana até que se decida o contrário”, disse.

“O que a lei faz coletar quais foram e são as posições da Venezuela em relação sua disputa territorial com a Guiana. verdade que prevê a criação do Estado de Guayana Esequiba, mas se o governo venezuelano não tomar medidas adicionais para executá-lo, na realidade a lei permanece em um estágio bastante simbólico”, explicou o assessor da organização Crisis Group.

Assim, o procurador-geral da Guiana, Anil Nandlall, anunciou que buscará o apoio da Comunidade de Estados do Caribe e da União Parlamentar Internacional diante do que considera “Novas ameaças” contra seu país.

“Assumi um compromisso com o presidente Jagdeo e com a Guiana de que o governo venezuelano não se oporá a nenhum projeto nesta região que beneficie seus habitantes”, disse o falecido presidente em fevereiro daquele ano durante uma viagem a Georgetown.

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Originalmente Publicado: 4 de Abril de 2024 às 20:38

Fonte: www.bbc.com