Um relatório do HSBC estimou que a Índia precisava criar 70 milhões de empregos na próxima década, medida que sua população cresce, mas diz ser improvável que gere muito mais do que um terço disso.
Em 2022, sua idade média era de 28,7 anos, em comparação com 38,4 na China e 48,6 no Japão, segundo a ONU. Atualmente, sua população total de 1,4 bilhão, e os economistas indianos Bashar Chakravorti e Gaurav Dalmia previram que, até 2030, o número de pessoas em idade de trabalho ultrapassará um bilhão.
A professora Ashwini Deshpande, economista da Universidade Azim Premji, com sede em Bangalore, diz que muitas mulheres trabalhadoras são autônomas, o que pode deixá-las vulneráveis.
Quase metade da população vive com menos do que o equivalente a US$ 3,10 por dia, a linha de pobreza do Banco Mundial, enquanto o número de bilionários indianos aumentou de uma pessoa em 1991 para 162 em 2022, segundo a revista Forbes.
Enquanto a classe média está se expandindo, “há uma vasta desigualdade na Índia”, segundo Ashoka Mody, professor de política econômica internacional na Universidade de Princeton, nos EUA. “E essa uma das principais razões pelas quais tolo assumir que a Índia se tornará uma superpotência sem mudanças estruturais significativas.”
Por muitos anos, países ocidentais esperaram que a Índia se tornasse uma força capaz de equilibrar a influência da China na Ásia.
Saniya Kulkarni, especialista em relações internacionais na London School of Economics and Political Science, diz que o Ocidente pode esperar que a Índia seja “Menos complicada” do que a China, mas adverte que ela tem suas próprias aspirações.
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Originalmente Publicado: 16 de Abril de 2024 às 05:10
Fonte: www.bbc.com