“O Brasil não condenou , não sei se quiseram esperar o que poderia acontecer… Mas, desde o início, após as primeiras informações sobre o ataque do Irã contra Israel, a expectativa era de que o anúncio do Itamaraty fosse de condenação”, lamentou Zonshine.
“Ela foi feita noite, às 23h, quando todo o movimento começou. E nós manifestamos o temor de que o assunto, o início da operação, pudesse contaminar outros países. Isso foi feito noite, num momento em que não tínhamos claros a extensão e o alcance das medidas tomadas; e sempre fizemos um apelo para contenção e entendimento entre as partes”, afirmou o chanceler.
Já nesta segunda-feira, ao esclarecer qual o posicionamento do Brasil sobre os ataques, Vieira afirmou que “O Brasil condena sempre qualquer ato de violência e conclamamos pelo entendimento entre as duas partes”.
Além disso, o Brasil chegou apoiar uma denúncia da África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça, em que o país africano acusou Jerusalém de cometer genocídio em Gaza ao contra-atacar o grupo terrorista Hamas.
O país argumentava que o programa tinha fins medicinais, enquanto o Ocidente acusava o governo iraniano de enriquecer o elemento para produzir uma bomba atômica - o que o Irã sempre negou.
Durante o processo de negociação com a ONU, o governo iraniano chegou a dizer que o Brasil fazia a mesma coisa que o Irã ao manter um programa de enriquecimento de urânio para geração de energia elétrica das usinas nucleares de Angra dos Reis.
O resultado dessa investida diplomática conjunta entre Brasil e Irã foi que o presidnete Lula tentou intermediar as tratativas para chegar a um acordo “Amigável” com os dois lados e evitar mais sanções ao governo do Irã. O Brasil e Turquia formularam, em 2010, o Acordo do Teerã.
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Originalmente Publicado: 15 de Abril de 2024 às 21:40
Fonte: www.gazetadopovo.com.br