A previsão de que a chuva de meteoros Líridas, ou Lyrids, atinja o ápice nesse período, segundo o Observatório Nacional.
O astrônomo Amauri José da Luz Pereira, coordenador do Planetário e Observatório do Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba, explica que os cometas são como uma bola de pó e gelo, como um “Gelo sujo”.
“A chuva de meteoros provocada justamente por essa poeira, por essa matéria que se desprendeu e que descongelou do corpo do cometa. Só que como a Terra, todos os anos, passa por esse mesmo ponto e como a nuvem dinâmica, às vezes, tem um pouco mais ou um pouco menos de concentração de matéria naquela região”, afirma.
O Observatório Nacional cita que todo ano, no fim de abril, a Terra passa por uma linha de poeira e detritos do Cometa Tatcher, criando a chuva de meteoros Líridas, por se alinhar constelação de Lyra.
“Aqui de Curitiba, se alguém quiser se aventurar a ver uma estrela cadente, eu recomendo que procure ir para local alto e ir ao norte aqui de Curitiba, porque nós temos a questão da poluição luminosa da cidade, que acaba atrapalhando também. Então, o ideal que seja o mais afastado possível que conseguir da poluição luminosa da cidade. Se puder ir para uma chácara, para campo, uma montanha”, recomenda o coordenador do Planetário e Observatório do CEP. Vai com calma!
“A pessoa que quer observar um fenômeno como esse não tenha a ilusão que vai ser como os pingos de chuva, aquela coisa toda junta, que seria maravilhoso! um pedacinho muito pequeno, de milímetros ou poucos centímetros, talvez do tamanho, no máximo, de um grão de ervilha, que entra a uma velocidade incrível em contato com a nossa atmosfera e aí ela deixa aquele rastro luminoso da estrela cadente.”
Além disso, tal conhecimento ajuda a estimar quando em que medida e época haverá maior incidência de detritos de correntes de meteoroides por onde a Terra passa periodicamente.
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Originalmente Publicado: 21 de Abril de 2024 às 00:01
Fonte: g1.globo.com