Em meio crise sem precedentes na saúde no que se refere dengue, o Estadão abriu a semana nesta segunda-feira, 22, com um editorial em que aborda a grave epidemia da doença que assolou o Brasil no último verão, deixando mais de 3,3 milhões de infectados e revelando uma série de negligências por parte do governo Lula: “Falha inaceitável”, diz o jornal.

“Desde o grande surto de dengue de 2001, epidemiologistas enfatizam que o controle do ciclo natural do Aedes aegypti o principal meio de evitar os contágios”, lembrou o Estadão.

A falta de preparo do governo Lula para lidar com a epidemia, evidenciada pela ausência de investimento em campanhas de alerta população e na contratação de agentes, vista como um grave erro que resultou em um número alarmante de mortes por dengue.

O jornal paulista considera que, embora algumas medidas tenham sido tomadas pelo MS, como o repasse de recursos para a vigilância sanitária de Estados e municípios e a manutenção de estoques de medicamentos, preciso uma maior coordenação e ação efetiva para evitar que tragédias como essa se repitam.

“Diante das 1.457 mortes por dengue confirmadas até o último dia 17 - outras 1.929 continuam em investigação -, será difícil validar sua atuação como eficaz”, afirma o jornal.

A omissão do poder público no combate ao Aedes aegypti, destaca ainda o editorial, considerada inaceitável e deve ser tratada como prioridade absoluta para evitar novas epidemias e salvar vidas.

“A queda de 83,3% na contratação dos agentes entre 2022 e 2023 parece ter sido ignorada pelo Ministério da Saúde, assim como o grau de desconhecimento das prefeituras sobre a grave epidemia que se avizinhava”, aponta o Estadão.

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Originalmente Publicado: 22 de Abril de 2024 às 08:00

Fonte: revistaoeste.com