A Casas Bahia assinou hoje tarde um contrato com seus dois principais credores - o Bradesco e o Banco do Brasil, que têm juntos 66% das dívidas que vão fazer parte da RE - estabelecendo todos os termos da operação.
A recuperação extrajudicial vai envolver apenas as quatro debêntures que a Casas Bahia tem no mercado, além das CCBs que ela tem com o Bradesco e BB. No total, essas dívidas somam R$ 4,1 bilhões, com os CCBs representando R$ 2,2 bi do total.
Uma fonte próxima companhia disse que a operação vai dar um alívio de caixa muito relevante para a Casas Bahia - já que vai aumentar a duration da dívida e reduzir de forma relevante seu custo financeiro.
A Casas Bahia tem R$ 4,8 bilhões para pagar nos próximos quatro anos - com R$ 1,5 bi vencendo este ano, R$ 800 milhões no ano que vem, R$ 900 milhões em 2026 e R$ 1,5 bi em 2027.
Já o custo médio das dívidas hoje de CDI + 2,75%. Depois da RE, ela terá apenas uma debênture com duas séries: uma com um custo de CDI + 1,5% e a outra, CDI + 1%. A companhia calcula que essa queda nas taxas vai gerar uma economia em juros de cerca de R$ 400 milhões - R$ 60 milhões por ano.
“Mas seria um cenário em que a companhia ia ter que pagar as dívidas com caixa próprio e ficar numa situação em que não teria flexibilidade para acordos com fornecedores, negociações. Ia impactar muito o capital de giro,” disse ela.
O anúncio da RE vem num momento em que a Casas Bahia está executando um amplo plano de reestruturação, que envolve diversas mudanças no operacional e na estrutura de capital.
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Originalmente Publicado: 28 de Abril de 2024 às 20:07
Fonte: braziljournal.com