O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender nesta segunda-feira 29 um acordo com empresas e municípios sobre a desoneração da folha de pagamento.

Ele mencionou o julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal e alertou para a pressão sobre a Previdência, com o risco de ter de aprovar uma nova reforma nos próximos anos.

O projeto de lei da desoneração aprovado pelo Congresso trocava a contribuição previdenciária - correspondente a 20% da folha de pagamento - por uma alíquota entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta da empresa.

Na semana passada, a partir de uma ação do governo Lula, o ministro do STF Cristiano Zanin suspendeu a desoneração da folha e submeteu sua decisão ao plenário.

“Estamos desde outubro tentando conversar com os setores e os municípios. O placar do STF deixa claro que temos de encontrar um caminho para não prejudicar a Previdência”, disse Haddad. “Ou daqui a três anos vai ter de fazer outra reforma da Previdência, se não tiver receita. A receita da Previdência sagrada, para pagar os aposentados. Não dá pra brincar com essa coisa.”

Apesar da advertência, contudo, o chefe da equipe econômica afirmou estar confiante em uma resolução.

“Combinamos com Haddad para darmos continuidade na mesa de negociação dos municípios sobre a questão da dívida previdenciária”, reforçou.

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Originalmente Publicado: 29 de Abril de 2024 às 20:49

Fonte: www.cartacapital.com.br