O local considerado o último refúgio para mais de 1 milhão de palestinos de todas as regiões da Faixa de Gaza que tiveram que abandonar suas casas e migrar para o sul por conta da guerra -a campanha militar israelense iniciou ao norte do país e foi descendo.
Com a grande quantidade de refugiados que há no local, há uma preocupação da comunidade mundial pela segurança dos refugiados, com um possível desastre humanitário com mortes e o colapso do sistema de ajuda humanitária instalado na cidade diante da invasão, segundo a ONU. Desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro de 2023, a cidade serviu como porta de entrada de ajuda humanitária para os palestinos de Gaza e como saída de estrangeiros que estavam em Gaza e recebiam autorização para deixar o território e de reféns libertados pelo Hamas durante o cessar-fogo em novembro de 2023.
Com o avanço da guerra, Rafah começou a receber muitos refugiados e viu sua população explodir de cerca de 280 mil pessoas para 1,5 milhão, que se alocaram provisoriamente em tendas.
Rafah a última cidade em Gaza, então os refugiados no local estão encurralados pela fronteira, porque o Egito não autoriza a entrada de palestinos em seu território, a não ser em casos excepcionais.
O Hamas disse que uma ofensiva terrestre de Israel em Rafah poderia deixar “Dezenas de milhares de mortos e feridos” na cidade.
O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, crítico da invasão a Rafah e contra um deslocamento forçado em massa de pessoas, como o ordenado por Israel nesta segunda -cerca de 100 mil refugiados devem deixar o leste de Rafah e ir para as cidades vizinhas de Al-Mawasi e Khan Younis, segundo a IDF. “Estamos extremamente preocupados com o destino dos civis em Rafah. As pessoas precisam ser protegidas, mas também não queremos ver nenhum deslocamento forçado em massa de pessoas, o que é, por definição, contra a vontade delas. Não apoiaríamos de forma alguma o deslocamento forçado, que vai contra o direito internacional”, disse Dujarric.
Netanyahu já disse ao presidente dos EUA, Joe Biden, seu maior aliado, que está “Determinado a concluir a eliminação desses batalhões em Rafah, e não há outra maneira de fazer isso a não ser entrando no terreno”.
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Originalmente Publicado: 7 de Maio de 2024 às 00:01
Fonte: g1.globo.com