Além de deixar milhares de desabrigados e centenas de mortos, feridos e desaparecidos, as enchentes que assolam o Rio Grande do Sul acertaram em cheio o setor produtivo.
Em relatório divulgado na última quinta-feira, a Fecomércio-RS destacou que o volume de recursos necessários para a reconstrução de áreas públicas, das famílias e de empresas no Rio Grande do Sul será “Absolutamente inalcançável pelas capacidades do governo estadual e dos municípios gaúchos”.
“O setor que possui maior concentração de produção nos municípios atingidos o de serviços. Isso ocorre pelo fato de as enchentes terem atingido em cheio áreas metropolitanas, incluindo a capital, Porto Alegre, que possuem renda média e densidade urbana mais elevadas”, pontuou a entidade.
No caso do comércio varejista, os resultados são ainda mais prejudicados por conta da sazonalidade do Dia das Mães, que seria um período positivo e de alavancagem para as compras, destaca a Fecomércio-RS. Os impactos esperados nos preços e no PIB. A XP Investimentos projeta reflexos principalmente nos preços do arroz e da soja.
“O arroz que já está colhido no Rio Grande do Sul garante o abastecimento do país”, atenuou o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul, Gedeão Pereira, em entrevista ao podcast “De onde vem o que eu como”.
OUÇA AQUI. Diante do cenário, o governo federal também decidiu editar uma Medida Provisória que autoriza a importação, em caráter excepcional, de até 1 milhão de toneladas de arroz pela Companhia Nacional de Abastecimento para a recomposição dos estoques públicos, caso necessário.
A empresa de consultoria afirmou que já esperava 2% de PIB para este ano e que “Se havia chance de revisão para cima, a tragédia gaúcha diminui essa possibilidade”.
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Originalmente Publicado: 12 de Maio de 2024 às 05:01
Fonte: g1.globo.com