Copiar o que dá certo pode ser uma etapa importante da inovação - e o Brasil péssimo nisso, diz José Alexandre Scheinkman, um dos principais economistas do País.

“Países que fizeram o catch up nos anos 50 e 60, como Finlândia e Itália, eram muito bons em copiar e melhorar. Tinham capital humano para copiar e inovar.”

“Nós temos dificuldade em aprender com o que dá certo, e também com o que dá errado”, completou Scheinkman, que professor na Universidade de Columbia e emérito de Princeton, nos Estados Unidos.

“Escolas no Ceará se dão muito melhor que escolas de outros estados. Mas ninguém copia.” Ao mesmo tempo, “Vamos tentar de novo subsidiar a produção de automóveis no Brasil”.

Nascido no Rio de Janeiro, Scheinkman fez economia na UFRJ e mestrado em matemática no IMPA. PhD em economia pela Universidade de Rochester, onde foi orientado por Lionel Mackenzie, um dos grandes economistas de meados do século passado.

Neste episódio, o economista fala sobre diferentes temas ligados a suas pesquisas e também sobre a oportunidade que o Brasil tem na área do clima.

“Se reunirmos nossa capacidade de capturar carbono com reflorestamento e de gerar energia limpa, teríamos uma situação muito semelhante vivida pela China nos anos 1980.” Ele se refere ao período em que o gigante asiático começou a abrir sua economia, aproveitando uma força de trabalho razoavelmente qualificada e barata para se transformar em uma potência na manufatura global.

Este artigo foi resumido em 11%

Originalmente Publicado: 12 de Maio de 2024 às 18:01

Fonte: braziljournal.com